Blue Flames Bleach não é apenas o nome de uma técnica misteriosa usada por um personagem enigmático em um jogo inspirado no famoso anime. Recentemente, esse nome se tornou o centro de um escândalo envolvendo uma rede clandestina de apostas que movimentava milhares de reais por semana entre fãs e jogadores do game de realidade aumentada Bleach: Battle Realms.
O esquema foi revelado após uma investigação conjunta entre a Polícia Federal do Brasil e a divisão de crimes digitais de Tóquio. As autoridades descobriram que “Blue Flames Bleach” era o nome-código de um grupo que manipulava resultados de batalhas PvP (jogador contra jogador) no jogo para favorecer apostadores em sites ilegais de apostas.
Jogadores eram pagos para perder propositalmente ou usar bugs para garantir vitórias previsíveis. Os apostadores faziam suas apostas por meio de plataformas disfarçadas como fóruns de fãs ou lojas virtuais de itens do jogo. Estima-se que mais de 50 mil pessoas tenham participado direta ou indiretamente do esquema, inclusive menores de idade.
O líder do grupo, conhecido online apenas como “Sousuke77”, foi preso na última terça-feira em Curitiba. Em depoimento, afirmou: “Era só um jogo. Ninguém se machucou.” Contudo, especialistas alertam para os perigos das apostas digitais entre jovens, especialmente quando ligadas a universos fictícios que eles admiram.
O caso Blue Flames Bleach reacende o debate sobre regulamentação de apostas em jogos eletrônicos e o impacto psicológico que esse tipo de prática pode ter sobre os jogadores, principalmente adolescentes. Enquanto isso, a desenvolvedora do jogo já prometeu medidas severas contra trapaças e colaboração com autoridades internacionais.