qui estou eu, um vampiro, sentado ao meu piano. As chamas queimam, subindo cada vez mais alto, de forma ofuscante e intensa. A escuridão à minha volta parece se intensificar a cada acorde tocado, mas não há medo, apenas uma sensação de serenidade enquanto as chamas consomem tudo à sua volta. Elas brilham, violentas e hipnotizantes, como se quisessem engolir a própria alma.
E então, existem os olhos. Olhos que me observam da escuridão, sem forma, sem um corpo, mas que estão ali, inevitavelmente presentes. Eles não têm carne, não têm vida, mas sua presença é mais forte do que qualquer som, mais poderosa do que qualquer fogo. O que eles querem? O que buscam na imensidão dessa noite sem fim? Não há explicação. Não há respostas. Só o calor crescente da chama eo vazio profundo que sinto dentro de mim.
E assim, com a melodia do piano como minha única companhia, continuo. Não há necessidade de alarde. Não há necessidade de fugir. O fogo arde, e eu ardo com ele. Afinal, o que é um vampiro, senão uma chama eterna? Uma chama que nunca se apaga, que queima incessantemente nas profundezas da noite. E enquanto a melodia continua, as chamas queimam mais forte, e os olhos que observam permanecem, desafiando tudo e todos. Então, queime.
