Dark Flames Tattoo era o nome de um pequeno estúdio de tatuagem escondido entre becos escuros de São Paulo, mas para os apostadores mais ousados da cidade, esse nome significava muito mais. Diziam que ali começava um jogo secreto – um cassino itinerante operado por uma organização conhecida apenas como As Chamas, onde a entrada era marcada com tinta… e sangue.
A lenda começou com Ricardo “Fênix”, um ex-crupiê expulso de todos os cassinos legais por viciar jogadores com técnicas hipnóticas. Ele desapareceu por anos, até que reapareceu com uma nova proposta: um cassino clandestino onde os apostadores precisavam fazer uma tatuagem obrigatória para entrar. Era sempre o mesmo desenho – chamas negras subindo pelo braço, o “Dark Flames Tattoo”.
Os que tatuavam eram automaticamente aceitos no “círculo de fogo”: uma rede de jogos de azar extremos. Os prêmios? Altíssimos. As perdas? Irrecuperáveis. Uma vez marcado, o jogador era monitorado dia e noite, proibido de sair do jogo até quitar suas dívidas – ou substituir sua posição por outro corajoso apostador.
Muitos entravam por curiosidade, outros por desespero. Alguns diziam que a tatuagem queimava de verdade após grandes perdas, como se tivesse vida própria. Havia até relatos de jogadores que enlouqueceram após verem suas chamas “se moverem” durante uma rodada de pôquer final.
A polícia chegou a investigar o estúdio, mas nunca encontrou nada além de agulhas, tintas e silêncio. A dona, uma mulher misteriosa conhecida como Loba, dizia apenas:
“Aqui, ninguém aposta com dinheiro. Eles apostam a alma.”
Hoje, o Dark Flames Tattoo virou uma lenda urbana entre jogadores. Aqueles que realmente conheceram o estúdio carregam as marcas até hoje. E quando alguém vê uma tatuagem de chamas escuras subindo por um braço em alguma mesa de apostas, já sabe: aquele jogador não está ali por diversão. Está tentando sair de algo… ou alguém.